Em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, a Casa do Bolsa Família tem sido alvo de críticas por parte de famílias que enfrentam um atendimento desumano. Muitas pessoas, principalmente as que residem na zona rural, chegam de madrugada, enfrentando o frio intenso da noite e o calor escaldante durante o dia, na esperança de serem atendidas. No entanto, mesmo com horas de espera, muitos retornam para casa sem conseguir o atendimento necessário.
O problema parece ser agravado pela falta de experiência e paciência por parte de alguns atendentes, que não oferecem explicações adequadas, deixando os beneficiários frustrados e desorientados. Isso se torna ainda mais difícil para as pessoas com menor escolaridade, que, muitas vezes, não conseguem compreender os procedimentos e exigências do programa.
Além disso, um número crescente de beneficiários relata que, apesar de terem sido atendidos em janeiro, ainda não receberam seus benefícios. O motivo, segundo informações dos próprios atendentes, é que as anotações estariam sendo feitas manualmente, em um caderno, e não diretamente no sistema, o que tem gerado atrasos e complicações no processamento dos pagamentos.
A situação está afetando muitas famílias que dependem do benefício para garantir a alimentação e o sustento diário. A falta de organização e de respeito com o tempo e a dignidade das pessoas que buscam esse atendimento tem gerado indignação entre os moradores, que pedem uma solução imediata e mais humanização no atendimento, para que o Bolsa Família possa, de fato, cumprir seu papel de auxílio às famílias mais vulneráveis.
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