Nas eleições municipais de 2024, o PDT de Cabrobó elegeu dois vereadores: Cris Beira Rio, reeleito com 1.086 votos, e Arnaldo do Caldeirão, que obteve 418 votos. Cris, atualmente em seu segundo mandato, conseguiu dobrar sua votação em relação à eleição anterior, mantendo a representatividade indígena na Câmara Municipal de Cabrobó, um trabalho iniciado pelo Cacique Neguinho Truká em 2008.
No entanto, o partido está sob investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE) por possível descumprimento da cota de gênero, estabelecida pela Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), que exige que partidos apresentem no mínimo 30% e no máximo 70% de candidaturas de cada sexo. Se a acusação for confirmada, o PDT poderá ter os votos recebidos nas eleições de 2024 anulados, o que colocaria em risco os mandatos de Cris Beira Rio e Arnaldo do Caldeirão. Além disso, os vereadores eleitos poderiam ser declarados inelegíveis por até 8 anos.
A possibilidade de cassação dos mandatos tem gerado grande expectativa em Cabrobó, com alguns políticos locais observando atentamente o desenrolar do processo. Se o PDT perder seus votos, os suplentes Antônio Neto (PT) e Mário Barros (Avante) seriam os principais beneficiados, e uma nova contagem de votos seria realizada para redefinir a composição da Câmara Municipal.
O clima na cidade é de tensão, especialmente entre os envolvidos, mas o tema tem sido tratado com cautela pelos vereadores. Ninguém tem se arriscado a comentar sobre o caso ou a fazer previsões. Esse silêncio cria uma atmosfera de desconfiança, e a situação segue sem grandes declarações públicas, enquanto todos aguardam a decisão sobre a possível cassação e suas consequências para a política local.
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