Na última votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, a Câmara de Vereadores de Salgueiro surpreendeu ao aprovar uma liberdade de 40% para suplementação orçamentária ao prefeito eleito, Fabio Lisandro (Fabinho). Com isso, Fabinho terá autonomia para remanejar aproximadamente R$ 112 milhões do orçamento municipal, estimado em R$ 280 milhões, sem precisar consultar o legislativo.
A Incoerência dos Vereadores
A decisão chama atenção pela disparidade em relação às mesmas votações nos últimos três anos. Para o atual prefeito, Marcones Sá, a Câmara limitou o percentual de remanejamento a apenas 1%, obrigando o gestor a solicitar frequentes autorizações do legislativo para suplementar verbas, muitas vezes para áreas essenciais. Essa mudança brusca deixa evidente uma possível motivação política por trás das decisões, em detrimento do interesse público.
Se os vereadores acreditavam que um índice de 1% era o ideal para garantir maior controle e transparência na gestão de Marcones, por que agora 40% são considerados aceitáveis para Fabinho? A resposta parece estar menos ligada às necessidades da população e mais ao alinhamento político dos parlamentares.
Impactos no Controle do Orçamento
A LOA é um dos instrumentos mais importantes para a gestão pública. Ela não apenas estabelece como os recursos arrecadados serão utilizados, mas também garante que a população tenha participação no processo. Com uma liberdade de 40%, o prefeito poderá realocar recursos de áreas prioritárias, como saúde e educação, para outros setores, como cultura ou eventos, sem necessidade de justificativa prévia ao legislativo.
Essa flexibilidade pode enfraquecer o acompanhamento da execução orçamentária e comprometer investimentos estratégicos em áreas fundamentais para a população. A disparidade na conduta dos vereadores mostra que, para muitos deles, os interesses políticos falam mais alto do que o compromisso com a coletividade.
A População Fica de Fora
O que deveria ser uma discussão técnica, voltada para o bem-estar da população, se tornou mais um capítulo de jogos políticos. Em vez de zelar pelo equilíbrio e pela transparência na gestão dos recursos públicos, os vereadores de Salgueiro parecem priorizar seus interesses e alianças políticas. Enquanto isso, quem paga o preço é a população, que vê o debate sobre os reais problemas da cidade sendo ofuscado por decisões questionáveis.
Essa postura levanta um questionamento: os vereadores de Salgueiro estão realmente representando o povo ou estão legislando em benefício de grupos políticos?
A resposta parece clara, mas a cobrança deve vir das urnas e da sociedade, que precisa exigir responsabilidade e coerência de seus representantes.
Lindian sabe falar de LOA? Inacreditável kkkk
Lá vem novidade