Os tão esperados 100 primeiros dias da gestão da empresária Riva Bezerra finalmente chegaram. No entanto, ao contrário das expectativas criadas durante a campanha, o governo da “reconstrução”, como insiste em ser chamado pela própria prefeita, vem demonstrando sinais claros de desorientação, parecendo um barco à deriva em mar aberto.
A falta de diálogo, que sempre foi apontada como um ponto fraco da atual gestora, continua sendo uma das principais marcas de sua administração. Nestes primeiros 100 dias, fica evidente que os discursos dos seus opositores tinham fundamento. A prefeita tem conduzido seu governo de maneira isolada, alheia à participação de aliados e eleitores que acreditaram em um novo projeto para Cedro.
Termos como “ingrata” e “desleal” têm sido usados com frequência quando o assunto é o ex-prefeito e atual vice-prefeito Antônio Leite, figura essencial na conquista eleitoral da chapa. Hoje, ele parece ter sido completamente descartado da gestão, sem qualquer justificativa pública plausível.
A dificuldade em lidar com diferentes opiniões e personalidades dentro da sociedade vem comprometendo a harmonia entre os poderes Executivo e Legislativo. Declarações polêmicas, como a de que “vereador não serve pra nada”, feitas em conversas informais e grupos de redes sociais, só aumentam a tensão e o desconforto político.
Os discursos inspiradores da campanha ficaram para trás. O que se vê atualmente são práticas antigas sendo repetidas, apenas com nova roupagem. A falta de expediente da prefeita, a nomeação de familiares em cargos estratégicos e o centralismo de poder, antes duramente criticados, agora parecem ter sido naturalizados.
Passados 100 dias, as poucas ações realizadas são, na verdade, continuidade de obras e projetos iniciados em gestões anteriores. As promessas de campanha ainda não saíram do papel. Enquanto o tempo passa, a prefeita segue mais presente em vídeos para o TikTok, limpando mato em estradas e atacando antigos aliados, do que efetivamente governando.
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