O Conselho Tutelar de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, está no centro de denúncias graves que circulam nas redes sociais e grupos de comunicação local. As acusações envolvem desde a falta de proteção adequada a crianças em situação de risco até uso indevido de recursos públicos e condutas irregulares de conselheiros.
De acordo com os relatos, casos de crianças espancadas ou ameaçadas por seus responsáveis não estariam recebendo o devido acompanhamento por parte do órgão. Há também denúncias de que esses responsáveis, mesmo envolvidos em situações de violência e abandono, seguem recebendo benefícios governamentais, que estariam sendo utilizados para sustentar vícios em drogas e bebidas alcoólicas, sem fiscalização efetiva.
As queixas também apontam para a presença de conselheiros utilizando o cargo para fins políticos, defendendo interesses pessoais e de gestores públicos, em vez de atuarem de forma imparcial na proteção de crianças e adolescentes. Segundo as denúncias, parte dos conselheiros não cumpre o horário de expediente, permanecendo em casa ou envolvidos em atividades particulares durante o período em que deveriam estar de plantão.
Há ainda registros de que o prédio do Conselho frequentemente permanece fechado, impossibilitando o acesso da população aos serviços, além do uso do veículo oficial para fins pessoais ou políticos, o que configuraria desvio de função e mau uso de patrimônio público.
A situação exposta reforça a importância da atuação ética, transparente e comprometida dos conselhos tutelares, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Diante da gravidade dos relatos, é fundamental que os órgãos de controle investiguem com rigor as acusações e, se confirmadas, adotem as medidas legais cabíveis.
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