A Diocese de Salgueiro promoveu o Seminário sobre a Campanha da Fraternidade (CF) de 2025, neste último dia 22 de março, no Seminário Diocesano São João XXIII. Estiveram presentes o bispo diocesano, Dom José Vicente, o clero diocesano e religioso, religiosas do território diocesano e leigos, representantes das pastorais. O objetivo do seminário foi aprofundar os conhecimentos sobre a CF 2025 e como poderá ser desenvolvida na Diocese.
A CF 2025 tem por tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, com inspiração bíblica no livro de Gênesis 1,31 – “E Deus viu que tudo era muito bom” – este trecho da sagrada escritura expressa o sentimento do Senhor Deus ao criar e entregar o mundo para o ser humano. Por isso, nestes tempos de globalização e diversas tecnologias, a CF 2025 nos propõe a uma profunda reflexão sobre os cuidados com a criação divina.
A abertura do encontro foi feita pelo Pe. Lindovaldo Gomes, explicando brevemente o tema da CF 2025. O momento de oração foi conduzido pelo Diácono Ivo, compartilhando a Oração da Campanha da Fraternidade. Em seguida, o hino da CF 2025 foi cantado com a assembleia. Dom José Vicente, bispo diocesano, agradeceu a presença de todos e desejou que deste Seminário frutifique bons frutos no território diocesano de Salgueiro.
O Seminário teve como assessor o Pe. Pedro Igor Leite da Silva, que é membro do clero da Diocese de Garanhuns (PE), Reitor do Seminário e Membro da Equipe de Assessoria da Campanha da Fraternidade do Regional NE2 da CNBB.
O Padre Pedro começou a reflexão explicando que a CF se inicia na Quarta-Feira de Cinzas, pois a Igreja nos alerta para um tema de conversão urgente e a Quaresma é o tempo litúrgico mais favorável para isto. Em seguida, explicou o cartaz da CF, e todos os seus elementos. Logo após, comentou o principal objetivo da CF 2025: “promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra.”
O tema central, “Ecologia Integral”, foi explicado baseado na reflexão de Bento XVI, com o documento “Caritas in Veritate”, n.56: “a degradação da natureza está estritamente ligada à cultura que molda a convivência humana: quando a ecologia humana é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia integral.”
Em seguida, o sacerdote abordou o Texto-Base da CF 2025: “Ou nós mudamos a nossa forma de se estar no mundo, reeducando nossos hábitos e costumes na relação com toda a criação, cumprindo nossa missão de cultivá-la e guardá-la, ou deixaremos para as gerações futuras uma casa comum insustentável, contrariando os desígnios do Deus Criador”.
Diante o exposto, o assessor incentivou os presentes a converter as ações em pequenos cuidados nos hábitos diários, visando à preservação ambiental: diminuir o uso de descartáveis, fazer a separação de lixo corretamente, avaliar e ser responsável com o consumo de água, pequenas ações individuais, mas que influenciam o todo. Todos estão interligados: Deus, o homem, a criação divina, conforme a própria vontade do Senhor: “que todos sejam um” Jo 17,21. “O meio ambiente não deve ser enxergado como recurso, mas como casa, da qual nós fazemos parte”, enfatizou o sacerdote.
Maria Donizete, da Paróquia Santa Teresinha, em Moreilândia (PE), participante da assembleia, disse: “o que mais me chamou a atenção foi em relação ao pecado ecológico: ou nos convertemos, ou vamos prejudicar a todos.”
Outra participante, a professora Márcia Farias, da Paróquia Santa Cruz, em Salgueiro (PE) alertou: “não basta somente a separação adequada do lixo, é necessária também a destinação correta para os resíduos”.
Pe. Pedro Igor concluiu comentando a importância do Fundo Nacional da Solidariedade, arrecadação que acontece em todas as Dioceses do Brasil, no dia 13 do mês de abril, no Domingo de Ramos. Segundo o site da CNBB, 60% do valor fica na diocese de origem e os outros 40% são destinados à CNBB, os valores arrecadados são para subsidiar pequenos projetos locais relacionados ao tema da CF 2025.
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