Desde 2017, o Pronto Socorro São Francisco, localizado em Salgueiro, é responsável por seis leitos de retaguarda para o Sistema Único de Saúde (SUS), contratados pelo governo federal para atender pacientes em fase de internação clínica, em alta de UTI e em regulação via central de leitos. Entretanto, segundo a gestora do Pronto Socorro, Dra. Patrícia Belfort, a verba destinada a esses leitos, cerca de R$ 40.000 mensais, não está sendo repassada pela prefeitura de Salgueiro, o que levou à suspensão temporária desses serviços.
Em uma publicação nas redes sociais, Dra. Patrícia destacou que, embora tenha mantido postura neutra durante o período eleitoral, sentiu a necessidade de expor a situação após o término das eleições, esperando que a transparência e as obrigações municipais sejam cumpridas. Ela lamentou a necessidade de interromper o atendimento desses leitos até que a questão seja resolvida na justiça, expressando a expectativa de que o município assuma suas responsabilidades financeiras.
Dra. Patrícia criticou também a falta de clareza nas contas públicas e advertiu sobre o risco de colapso nos serviços de saúde, caso os repasses não sejam regularizados. Ela ressaltou ainda sua autonomia e independência ao expor o problema: “Tenho a liberdade, graças a Deus, de falar o que penso e sem medo, não tenho amarras e dependo do meu próprio trabalho e daquilo que meu pai me proporcionou ao longo de sua vida. Pode entrar e sair prefeito nessa cidade que tenho tranquilidade para falar o que penso sobre as péssimas gestões e enaltecer a coragem dos habitantes de mudar de gestor quando estão insatisfeitos.”
Para ela, os mais prejudicados pela falta de repasse são os pacientes que dependem dos serviços de saúde, especialmente a população mais vulnerável. Ao tornar pública a situação, Dra. Patrícia enfatiza a importância de um diálogo transparente e de uma resposta concreta do poder público para evitar o impacto negativo na saúde local.