Cedro vive dias de tensão política e administrativa. Em um gesto que já está sendo classificado nos bastidores como desesperado e irresponsável, a prefeita Riva Bezerra decidiu acionar a Justiça para obrigar a Câmara de Vereadores a aprovar, a qualquer custo, um empréstimo de mais de R$ 3,5 milhões. O valor é milionário, mas o projeto é vazio: não apresenta informações básicas sobre como o dinheiro será gasto.
O presidente da Câmara devolveu o projeto justamente pela falta de transparência. Segundo ele, o material enviado pela prefeita ignora exigências mínimas de transparência, como cronograma de execução, justificativa técnica, forma de pagamento e impacto financeiro para o município. Mesmo assim, em vez de corrigir o erro e dialogar com os vereadores, Riva partiu para o confronto jurídico.
Para muitos, a ação revela não apenas despreparo, mas um total desprezo pelos princípios democráticos e pela boa gestão pública. A prefeita não admite revisão, não aceita diálogo e, aparentemente, não aceita críticas. Sua gestão, que já vinha sendo criticada por falta de rumo, agora dá sinais de colapso.
“É como assinar um cheque em branco”, comentou um vereador que preferiu não se identificar. Colocar esse projeto em pauta, nos moldes atuais, seria endossar uma manobra perigosa com o dinheiro do povo — sem garantia alguma de retorno ou de responsabilidade fiscal.
A judicialização da política em Cedro escancara uma crise de governabilidade e reforça o clima de instabilidade. O que deveria ser uma gestão voltada para o diálogo e o bem comum, se transforma agora em uma batalha de vaidade e imposição.
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