Em um cenário de crescente insatisfação, os cuidadores contratados pela Prefeitura de Salgueiro para trabalhar com crianças com deficiência, em um processo seletivo realizado em maio de 2024, foram surpreendidos com a demissão sem aviso prévio, apenas seis meses após o início de seus contratos, que tinham validade de um ano. O contrato foi encerrado no dia 14 de janeiro de 2025, com demissões retroativas a 2 de janeiro, e até o momento, a gestão do prefeito Fábio Lisandro não forneceu explicações claras sobre os motivos dessa decisão abrupta.
De acordo com relatos dos cuidadores demitidos, muitos se sentiram lesados e desrespeitados pela falta de comunicação e transparência da administração municipal. O processo seletivo de 2024 havia garantido a contratação de profissionais para dar suporte às crianças com deficiência nas escolas do município, porém, mesmo após a promessa da Secretaria de Educação de manter cuidadores nas unidades de ensino, a realidade tem mostrado outra situação. A falta de cuidadores nas escolas é visível, com muitas crianças precisando de apoio e não recebendo o cuidado necessário.
A Secretaria de Educação havia realizado uma reunião com as mães de crianças com deficiência, onde foi garantido que os cuidadores estariam presentes nas escolas para dar assistência. No entanto, com o início das aulas no dia 11 de fevereiro de 2025, a ausência de cuidadores foi notável, afetando diretamente o bem-estar das crianças e criando um ambiente de incerteza e frustração tanto para as mães quanto para os profissionais.
Recentemente, a Prefeitura abriu um novo processo seletivo para estagiários, nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2025, para tentar suprir essa lacuna, mas muitos se questionam sobre a eficiência e a real necessidade desse processo, uma vez que a demanda por cuidadores qualificados já havia sido reconhecida anteriormente. Além disso, o tempo de adaptação necessário para que os estagiários assumam funções tão sensíveis pode agravar ainda mais a situação, deixando as crianças sem o apoio adequado.
A falta de preparo da gestão atual em garantir que as necessidades dos alunos com deficiência sejam atendidas corretamente, junto à ausência de transparência e à falta de comunicação com as famílias e profissionais envolvidos, tem gerado um clima de insatisfação generalizada, deixando as mães de crianças com necessidades especiais ainda mais desamparadas.
Agora, as mães atípicas se veem diante de mais um desafio: tentar garantir os direitos e cuidados necessários para seus filhos, em um cenário de insegurança e preocupação constante. A situação revela, mais uma vez, a necessidade de uma gestão mais comprometida e sensível às questões sociais e educacionais da cidade.
Entra e sair prefeito e Salgueiro não vai pra frente…muito triste ver minha cidade cd vez mais esquecida.