O Brasil lidera a lista de países que mais sofrem ataques cibernéticos. Estudos recentes de uma empresa de segurança digital indicam que um quarto dos brasileiros já foi alvo de algum golpe online nos últimos 12 meses. Os mais afetados são jovens entre 16 e 29 anos pois é um grupo que está mais conectado por meio de redes sociais e aplicativos. Por outro lado, indivíduos na faixa etária de 50 a 59 anos são menos propensos a serem enganados, devido a uma postura mais experiente e cautelosa em interagir. Portanto os idosos não são os mais vulneráveis como se supunha.
Pessoas com nível médio de escolaridade são as que mais sofrem com essas fraudes. demonstrando que o conhecimento técnico muitas vezes não é suficiente para evitar ataques. E não existe uma maior incidência expressiva de pessoas enganadas no que diz respeito ao sexo masculino e feminino. E por fim áreas urbanas, com maior população e conectividade, apresentam uma incidência mais elevada de fraudes.
Com a proximidade das festas de fim de ano e o recebimento do 13º salário, milhões de brasileiros estão em busca dos presentes de Natal. Contudo, esse período também é propício para golpes financeiros. Os principais golpes aplicados durante o período das compras de natal são os seguintes:
1. GOLPE DAS LOJAS FALSAS
Nesta época do ano são comuns abordagens de criminosos com páginas falsas das lojas que simulam as verdadeiras enviando promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp. O consumidor sempre deve ficar atento a preços muito abaixo do valor de mercado e com poucas opções de pagamento e se o site foi criado recentemente em rede social. Criminosos também podem clonar sites de lojas famosas para induzir os consumidores ao erro, colocando uma letra a mais no endereço do site, que muitas vezes fica imperceptível. Por isso, a recomendação é que o cliente faça sua pesquisa de preços, e quando escolher a loja, digite diretamente o endereço do site na barra do navegador.
2. PHISHING
O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário. A forma mais comum são as mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a digitar dados pessoais. Por isso nunca acesse ou clique em links ou anexos suspeitos e mantenha o seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados.
3. GOLPE DA TROCA DO CARTÃO
Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando o cliente digita a senha na maquininha e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com o cartão e senha, fazem compras usando o dinheiro da vítima. Por isso ao fazer compra com cartão físico, o consumidor sempre deve checar o valor na tela da maquininha e sempre confira se o cartão que te devolveram é o seu mesmo e passe você mesmo o cartão na maquininha, não entregando seu cartão para ninguém.
4. GOLPE DA MAQUININHA QUEBRADA
No pagamento, o golpista dá para a vítima uma maquininha com o visor danificado ou se posiciona de uma forma que a vítima não veja o preço cobrado na tela. O valor inserido é bem superior ao pedido e o cliente só percebe que fez um pagamento maior depois de um tempo. A recomendação é não passar o cartão em telas com defeito. Se acontecer essa situação, não aceite fazer pagamentos.
5. GOLPE DO BRINDE
Após descobrirem dados pessoais, quadrilhas de criminosos entram em contato com a vítima e dizem que têm um brinde de natal para entregar e insistem para que a pessoa receba o presente pessoalmente. Os criminosos chegam a dar algo para a vítima, geralmente flores ou cosméticos. Alegam que são prestadores de serviços e que não sabem informações de quem realmente pediu para fazer a entrega. O bandido diz para a vítima que ela precisa fazer uma selfie para receber o brinde. Porém o criminoso está dentro de um aplicativo bancário e prestes a fazer autenticação facial para uma operação de crédito. Por isso em hipótese nenhuma aceite este tipo de abordagem.
E por fim é fundamental adotar uma postura defensiva na internet tais como:
1. Criar senhas complexas;
2. Ativar a verificação em duas etapas para uma camada extra de segurança.
3. Desconfiar de mensagens, e-mails recebidos e nunca clicar nesses links.
4. Monitorar regularmente a movimentação em contas bancárias.
Giovani Santoro – Especialista em Cibersegurança.
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