Em um evento marcado por entusiasmo e sinalizações políticas estratégicas, o prefeito do Recife, João Campos, foi eleito presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) neste sábado (31). A cerimônia aconteceu em Brasília e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando a aliança entre as legendas e o protagonismo crescente de João na cena política nacional.
Aos 31 anos, João Campos assume o comando do PSB nacional em um momento de transição e renovação interna. Herdeiro político de Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes, ele carrega o peso de uma tradição política forte em Pernambuco e no país — e agora, amplia seu espaço mirando um novo desafio: o Palácio do Campo das Princesas.
Embora ainda não tenha oficializado a pré-candidatura, João é cotado como principal nome do PSB para disputar o governo de Pernambuco em 2026. A eleição para a presidência do partido fortalece sua visibilidade e abre caminho para a construção de uma candidatura com apoio nacional.
“Assumo essa missão com muito orgulho e responsabilidade. O PSB tem um papel histórico na construção de um Brasil mais justo, e nosso compromisso é seguir avançando, com coragem e com o povo ao lado”, afirmou João Campos, em discurso após a eleição. Ele também destacou que o partido precisa “dialogar com o Brasil real, das periferias, dos jovens e das mulheres”, sinalizando o tom que deve adotar nos próximos anos.
O presidente Lula, que compareceu ao evento ao lado de ministros e líderes de partidos aliados, elogiou a liderança de João e fez acenos à união entre PT e PSB para os próximos pleitos. “João é uma das maiores lideranças da nova geração. Tem compromisso, tem história e tem futuro. O Brasil precisa de gente assim”, disse Lula, arrancando aplausos da plateia.
A eleição de João Campos ocorre em meio a uma movimentação interna do PSB para ampliar sua atuação nacional e consolidar candidaturas competitivas em 2026, especialmente nos estados do Nordeste. Com a possível saída da prefeitura do Recife para disputar o governo estadual, o partido já começa a discutir sucessão na capital pernambucana.
Lideranças como Márcio França, Flávio Dino (agora no STF) e o ex governador Paulo Câmara, saudaram a eleição de João como “um passo importante para o fortalecimento do socialismo democrático no Brasil”.
Com o comando do partido nas mãos e o apoio de figuras centrais da política nacional, João Campos se posiciona como uma das figuras mais influentes da nova geração de líderes de esquerda, e deve ser peça-chave nas articulações para as eleições de 2026 — tanto em Pernambuco quanto no cenário nacional.
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