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    MPF e DPU recomendam medidas para implementação da Lei da Triagem Neonatal

    O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) expediram recomendação para que o Ministério da Saúde regulamente e implemente integralmente a Lei nº 14.154/2021, que aprimora o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). O documento foi encaminhado à ministra da Saúde, Nísia Trindade, e estabelece um prazo de 90 dias para que a pasta apresente um cronograma de execução das próximas etapas do programa, destacando a necessidade de ampliação gradual do “teste do pezinho” para incluir novas doenças, conforme prevê a legislação.

    A recomendação, assinada pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes e pelos defensores públicos federais Carolina Soares Lucena e Ricardo Pereira Salviano, ressalta a urgência em superar entraves como a logística inadequada para transporte de amostras, a falta de infraestrutura laboratorial e a carência de equipes capacitadas para diagnosticar e acompanhar os casos suspeitos. O documento destaca que a expansão do PNTN, sem essas melhorias, resultaria em um sistema ineficaz, que não atenderia de forma plena a população, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde a cobertura é historicamente deficiente. Segundo MPF e DPU, o problema se agrava pela falta de pactuação efetiva entre as esferas municipal, estadual e federal, o que compromete a execução plena do programa.

    Entre as principais ações recomendadas, estão a orientação aos pais e mães sobre doenças não detectáveis pelo exame básico e a implementação de testes mais abrangentes, conhecidos como “teste do pezinho ampliado”, que permitem o rastreamento de doenças raras. Além disso, é proposta uma reestruturação do PNTN, visando garantir a viabilidade do programa em todas as unidades federativas.

    Ofícios – Paralelamente à recomendação, dois ofícios foram expedidos para reforçar a implementação da triagem neonatal. O primeiro, dirigido à ministra da Saúde, recomenda a isenção do imposto de importação sobre insumos cruciais, como lancetas e cartões-filtro utilizados na triagem. A medida tem o objetivo de reduzir custos operacionais, facilitando a implementação da lei e ampliando o acesso aos testes em todo o país. Além dessa iniciativa, que contribui para a eficiência financeira do programa, o documento ressalta a importância do incentivo à pesquisa e à inovação tecnológica, a exemplo de projeto-piloto em Porto Alegre (RS) que já diagnosticou três casos de erros inatos do metabolismo entre os 9 mil recém-nascidos testados.

    Outro ofício, enviado à Secretaria de Saúde de Pernambuco, exige esclarecimentos detalhados sobre a implementação do PNTN no estado. Entre as questões apresentadas, estão o status atual da cobertura e os planos para expandir a triagem neonatal. O ofício também requisita informações sobre a criação de novos centros de referência nas cidades de Caruaru, Petrolina e Serra Talhada, além de questionar a previsão orçamentária para a modernização dos laboratórios e para a implantação de um sistema de gestão da qualidade nos laboratórios regionais.

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