A decisão da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, de privatizar a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) levanta uma série de questionamentos e críticas. Ao optar pela privatização, Raquel parece mais interessada em se desvincular das cobranças da população e evitar responsabilidades do que realmente resolver os problemas crônicos do abastecimento de água no estado.
Privatizar a Compesa pode não ser a solução esperada, mas sim uma tentativa de transferir a pressão para o setor privado. Empresas privadas têm como principal objetivo o lucro, e isso pode significar uma piora no atendimento à população, que já sofre com o racionamento e a falta de qualidade no serviço prestado. A história de outros estados que privatizaram suas empresas de saneamento mostra que, em muitos casos, a promessa de melhorias não se concretizou. Em vez disso, os resultados foram o aumento das tarifas e a ampliação das desigualdades sociais no acesso à água.
Essa escolha reflete uma postura de total falta de compromisso com os cidadãos de Pernambuco, mostrando um governo perdido e desconectado das reais necessidades do povo. Em vez de buscar alternativas para melhorar o funcionamento da Compesa e resolver os problemas estruturais, a governadora prefere se livrar de uma das maiores responsabilidades de seu cargo. A privatização pode agravar ainda mais a situação, colocando os interesses privados à frente do bem-estar coletivo.
É urgente que o governo repense essa estratégia e procure alternativas que atendam às necessidades da população, sem prejudicar ainda mais quem já enfrenta dificuldades no acesso a serviços essenciais como o abastecimento de água.
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