Pela terceira vez seguida, vereadores da cidade de Verdejante-PE, deixam de comparecer às sessões da Câmara Municipal para trabalhar, e com isso, 11 bons Projetos de Lei do Poder Executivo, que foram encaminhados pelo prefeito para votação, seguem paralisados.
Entre os projetos enviados, com urgência pelo Prefeito Haroldo Tavares, estão a abertura de crédito complementar; alteração na estrutura das secretarias e diretorias da Prefeitura Municipal; criação do cargo, na secretaria de assistência social, para coordenar o programa cozinha comunitária; reajuste a renumeração mínima dos servidores ativos, inativos e pensionistas.
Dos nove vereadores da cidade, apenas os vereadores Dedé da Lagoa, Zé Carlos e Heitor Urias, estiveram presentes nas sessões.
Os vereadores, que elegeram Dedé como presidente, estão querendo que ele renuncie ao cargo, para haver uma nova eleição. O grupo alega que o presidente não tem capacidade de comandar o legislativo, mas não tiveram argumentos suficientes, perante a justiça, para afastar Dedé do cargo.
Nesta terça-feira (01), circularam nas redes sociais alguns Fake News, informando que o presidente da Câmara estava descumprindo ordem judicial. O fato é que a justiça não encontrou motivos para que Dedé fosse afastado, concedendo-lhe o legítimo direito de presidir o legislativo municipal.
O blog Sertão Central obteve informações que alguns vereadores estão querendo cargos e contratos de prestadores de serviços para comandar da forma que desejam.
Em áudios, gravados nas últimas sessões, um vereador chega a relatar seu descontentamento com o presidente da câmara. Ele diz que não teve como fazer uma indicação para nomear seus cabos eleitorais, ele ainda diz que quando elegeu o atual presidente foi sonhando em dividir o que tem na casa.
Em outro áudio, um vereador chega a exigir que o presidente da câmara dívida o dinheiro que está sendo economizado com os vereadores e não em prol da população: “ Ainda vem ainda com demagogia dizer que não pode fazer isso, que do dinheiro daqui pertence ao povo, que o dinheiro não é para gastar com diária, com vereador nem com transporte não, o dinheiro do povo está no executivo, nós não somos executivo não… Nós somos os legítimos representantes do povo, agora primeiro as obrigações da casa, se sobrar da casa que não é de praxe Câmara de vereadores administrar o município, a gente foi eleito para fiscalizar, foi para orientar, não foi para fazer calçamento nem colocar cisternas”.
O que pode ter contribuído para os vereadores ficarem contra Dedé, foi o fato dele não estar “distribuindo” diárias sem fundamento.